
Não quero mais que leia os subterfúgios textuais de um sonho, não quero desculpas nem mentiras, nem
distãncias, nem limites,
O espelho na cama? não reflete nada, sua face, ao contrário espera por buchas e parafusos.
o medo de trincar a parede na primeira martelada faz com que o espelho nunca saia da cama.
e ali vive e morre o espelho, ignorante da cena presente.
"(você) Era uma princesa, deitada no leito à espera do coito que não será dito... apenas lido na
esperança.
Uma criança contempla estrelas e quer e deseja ser astronauta do seu corpo de menina.
(eu) - Menina é você!
- Você!
- É você! Sua boba!
E saiu correndo montada em seu cavalo de fogo pelos campos de trigo. O fogo fervia tanto que ela caiu.
Sono profundo.
(você) Que no fundo sentia tudo aquilo como a descoberta de lágrimas
Já se vai ou se vem, só sabe, quem vê,
e jamais sabem a que veio
Mas chega a galope o pai que ao abrir os portões logo vê...
(eu) uma folha em branco. As moléculas invisíveis dançando e se dilatando diante dos seus olhos. O que escrever numa folha tão branca?
A voz do mar respondeu: - O seu destino... Pegou a caneta, respirou fundo e escreveu:
(você) Eles foram sãos e serão"

desesperados
des-esperar...
não esperar nada.
Ser o Nada
o pecado sem deus.
Ser como a água, tomando a forma do
recipiente em que esteja.
é tão delicioso ler você
mas quem é você,
que brota e jorra de dentro,
mais um múltiplo, não. Não.
já somos tantos.
preciso viajar, espairecer deitar tudo para o ar... e nadar em terra firme, até encontrar entre
múltiplos um homem sentado de pé em uma pedra de madeira, me dizendo calado: é melhor morrer ou
deixar de viver?
Nascemos, crescemos e vivemos com uma enxurrada de informações audio visuais que nos dizem que o amor e os mocinhos sempre vencem no final, vendo Bush, vendendo arte, e amando em toda esquina,
começo a duvidar dos finais e dos vencedores,
ninguém vence,
e se for mentira,
quem vence,
quem engana ou é quem é enganado,
todos perdem? todos perdem...
tudo se equilibra em total desarmonia,
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